A Esporotricose, seus Aspectos Endêmicos/Enzoótico e a Necessidade de Ações Multidisciplinares para o Controle da Doença nos Centros Urbanos.
Autores: Flávio Gimenis Fernandes
Resumo: A esporotricose atualmente é uma importante zoonose, não só em território nacional, mas para algumas partes do mundo. Na esporotricose endêmica, se destaca o felino doméstico (Felis silvestris catus) como um importante transmissor da doença para outros animais e principalmente para seres humanos. Essa micose, em algumas regiões do país, está em aumento exponencial no número de casos não só de animais, mas também de humanos. Para interromper a cadeia epidemiológica da doença, é importante que médicos(as) veterinários(as) diagnostiquem e tratem corretamente o animal, evitando assim a recidiva e um possível surgimento da resistência aos antifúngicos utiliza dos no tratamento. Esse artigo retrata a ação conjunta de médicos(as) e médicos(as) veterinários(as) para atuar diretamente no foco do problema, evitando assim o agravo provocado por esta zoonose e realizando controle de número de casos humanos e animais.
Doenças Infectocontagiosas Pediátricas nas Comunidades do Rio de Janeiro: Fatores de Risco de Vulnerabilidade e os seus Impactos
Autores: Flávio Gimenis Fernandes e Gabriela Dambros
Resumo: As condições de vida nas comunidades do Rio de Janeiro, têm um forte impacto na saúde da criança e do adolescente. Fatores de risco como a falta de saneamento básico e informação sobre doenças, influenciam diretamente o surgimento das mesmas. O conhecimento sobre este assunto é importante para compreendermos que um indivíduo pode adoecer por questões facilmente evitáveis, relacionadas, por exemplo, a falta de instrução quanto seus hábitos sanitários.
Mpox: Entendendo A Doença Emergente
Autores: Flávio Gimenis Fernandes, Ivi Cristina Menezes de Oliveira e Érica de Camargo Ferreira e Vasconcelos
Resumo: Mpox, anteriormente chamada de “Monkeypox” ou varíola do macaco, é uma infecção viral zoonótica que resulta em uma erupção semelhante à da varíola. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita, numa colônia de macacos, em 1958. Apesar disso, é importante destacar que os primatas podem ser acometidos pela doença, e não são reservatórios do vírus. Embora o reservatório seja desconhecido, os mais prováveis são pequenos roedores naturais das florestas tropicais da África Central e Ocidental. A doença tem se alastra do por países nos continentes Europeu, Asiático e Americano. No Brasil já há casos registrados e, por enquanto, a doença encontra-se sob controle. O próximo passo do Ministério da Saúde é eleger uma vacina, para que a população possa ser imunizada.
Vírus Rocio – Uma Zoonose em Ascensão.
Autores: Flávio Gimenis Fernandes
Resumo: Na última década presenciamos o surgimento de várias novas viroses no Brasil. Algumas já existentes, mas numa casuística baixa, e outras emergindo e causando doença em humanos e em animais. O impacto ecológico do desmatamento da Mata Atlântica, Mata Amazônia e Cerrado, contribui para a chegada de novos vírus, pela proximidade dos seres humanos dos reservatórios e vetores no ambiente silvestre, rural e urbano. Viroses emergentes e reemergentes são um desafio para a saúde pública atualmente, sobretudo as zoonoses. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), 60% dos patógenos que causam doenças em humanos tiveram origem em animais; 75% das doenças infecciosas emergentes humanas tem origem animal e 80% dos patógenos com potencial para bioterrorismo são de origem animal. Autoridades vêm trabalhando massivamente para produção de vacinas eficazes contra esses novos vírus. Nesse artigo veremos qual a tendência epidemiológica para as infecções para o vírus Rocio, os reservatórios, vetores e indivíduos suscetíveis à infecção.
Leishmaniose visceral canina
Autores: José Duarte da Fonseca Júnior, Cristiane Lopes Mazzinghy, Erycka Carolina França, Ana Clara Silva Pinow e Katyane de Sousa Almeida.
Resumo: A leishmaniose canina visceral é uma zoonose que possui grande repercussão na saúde animal e humana, cujo agente etiológico são os protozoários do gênero Leishmania sp. O objetivo do estudo consiste em realizar uma revisão sobre os aspectos importantes da doença, como agente etiológico, transmissão e patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle, para acrescentar informações no âmbito da clínica médica de pequenos animais.
Guia de animais peçonhentos no Brasil
Autores: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e Departamento de Doenças Transmissíveis.
Resumo: Os acidentes por animais peçonhentos representam um importante desafio para a saúde pública no Brasil. Devido à rica biodiversidade e ao clima tropical favorável, o País abriga uma grande variedade de serpentes, aranhas, escorpiões e outros animais peçonhentos, cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves consequências para a saúde humana. Nesse contexto, é crucial compreender e saber identificar esses animais, a fim de implementar medidas preventivas eficazes e fornecer atendimento adequado às vítimas.
Conservation of HLA Spike Protein Epitopes Supports T Cell Cross-Protection in SARS-CoV-2 Vaccinated Individuals against the Potentially Zoonotic Coronavirus Khosta-2
Autores: Antônio J. Martín-Galianoe Daniel López.
Resumo: As vacinas heterólogas, que induzem imunidade contra vários patógenos relacionados, podem ser uma forma muito útil e rápida de lidar com novas pandemias. Neste estudo, o impacto potencialde vacinas COVID-19 licenciadas em respostas imunológicas citotóxicas e de células auxiliares contra Khosta-2,um novo sarbecovírus que infecta produtivamente células humanas, foi analisado para os 567 e 41 maisalelos comuns do HLA classe I e II, respectivamente. As previsões computacionais indicaram que a maioriadestes 608 alelos, cobrindo mais de 90% da população humana, contêm suficienteepítopos conservados de células T entre as proteínas spike Khosta-2 e SARS-CoV-2. Noventa por centodestes peptídeos totalmente conservados para moléculas HLA de classe I e 93% para moléculas HLA de classe II foram verificados comoepítopos reconhecidos por linfócitos T CD8+ ou CD4+, respectivamente. Esses resultados mostram uma correlação muito altaentre previsão bioinformática e ensaios experimentais, o que valida fortemente este estudo. Esta análise imunoinformática permitiu uma avaliação mais ampla dos alelos que reconhecemdesses peptídeos, uma abordagem global em nível populacional que não é possível com experimentosensaios. Em resumo, essas descobertas sugerem que tanto a proteção imunológica das células citotóxicas quanto as das células auxiliaresdesencadeadas pelas vacinas contra a COVID-19 atualmente licenciadas devem ser eficazes contra a infecção pelo vírus Khosta-2.Finalmente, por ser rapidamente adaptável a futuras pandemias de coronavírus, este estudo tem potencial públicoimplicações para a saúde.
As cepas da Leptospirose no cenário nacional
Autores: Ademir de Carvalho Junior,Ádma Ferreira Alves, Ana Christie de Souza Melo, Giovanna Araújo de Oliveira, Giúllia F. A. Pimentel, Pedro Henrique D. Paltrinieri, Luciana Pacheco Golinelli e Cintia Cristiane de Paula.
Resumo: A leptospirose é uma zoonose causada por espiroquetas do gênero Leptospira e constitui uma das mais importantes doenças de distribuição mundial. Por possuir alta ocorrência no país (principalmente nos períodos mais chuvosos do ano) sendo registrados até 13.000 casos por ano em humanos. Por isso percebe-se a importância da doença. O presente artigo faz uma revisão sobre a leptospirose abordando seus principais aspectos como agente etiológico, seus principais focos de contaminação e reservatório, diagnóstico, e achados clínicos. Os riscos que a Leptospirose pode oferecer à saúde dos animais e dos homens, visto que se trata de uma doença com caráter zoonótico, são enormes. Por ter a capacidade de infectar animais de produção, podemos observar um prejuízo a economia nacional, isso sem levar em conta os operários que são infectados com a leptospirae são impedidos de exercer suas funções.
Acidentes escorpiônicos no Brasil em 2022
Autores: Ministério da saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.
Resumo: Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas vivam em áreas sob risco de acidentes escorpiônicos no mundo. Os autores dessa estimativa também avaliam a ocorrência de 1,2 milhão de acidentes anualmente e cerca de 3.250 óbitos, sobretudo de crianças e nas áreas tropicais. E é nessas áreas que está inserido o Brasil, como um dos países com maior ocorrência de escorpionismo no mundo. Os escorpiões são invertebrados pertencentes ao Filo Arthropoda (Sub-Filo Chelicerata), Classe Arachnida e Ordem Scorpiones. Escorpiões já foram encontrados em quase todos os ecossistemas terrestres, até mesmo em cavernas, desertos dos mais variados tipos, sob pedras cobertas de neve e em altitudes de 5.560 m nos Andes. Este boletim epidemiológico apresenta um panorama dos acidentes causados por escorpiões no Brasil no ano de 2022 e tem como objetivo descrever a situação epidemiológica do escorpionismo no País, fornecendo subsídios aos gestores de saúde no desenvolvimento de ações de educação em saúde e melhoria no atendimento médico e assistencial no âmbito do SUS.
Leptospirose canina – relato de caso
Autores: JulianyD’arc Franco de Oliveira, Cinthya BrillanteCardinot e Carina Franciscato.
Resumo: A Leptospirose é uma enfermidade causada por bactérias do gênero Leptospira spp. que pode afetar humanos e animais. É uma doença de caráter zoonótico de ampla distribuição geográfica, tanto no meio urbano quanto rural. Acomete animais independente da raça, gênero e idade, sendo que o histórico desse está geralmente associado à exposição do indivíduo a ambientes contaminados ou a hospedeiros reservatórios. Assim sendo, o presente estudo foi feito no intuito de relatar um caso de leptospirose em um cão e demonstrar os principais aspectos clínicos, laboratoriais, forma de diagnóstico e tratamento da doença.
Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos
Autores: Ministério da Saúde e Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Resumo: O Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos vem se consolidando no país, envolvendo a política de coordenação da produção e distribuição de antivenenos, capacitação de recursos humanos e vigilância epidemiológica dos acidentes em esfera nacional. Esse trabalho conjunto coordenado pelo Ministério da Saúde e envolvendo as secretarias estaduais e municipais de saúde, centros de informações toxicológicas, centros de controle de zoonoses e animais peçonhentos, núcleos de ofiologia, laboratórios produtores, sociedades científicas e universidades, tem por objetivo maior a melhoria do atendimento aos acidentados por animais peçonhentos. Este manual destina-se, principalmente, aos profissionais da área da saúde de um âmbito geral, e contêm informações atualizadas que visam fornecer subsídios técnicos para identificação, diagnóstico e conduta deste tipo de agravo à saúde. Os procedimentos e a bibliografia aqui referidos representam uma linha de orientação básica, sem, contudo, esgotar o assunto. Os dados apresentados referem-se às notificações encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) do Ministério da Saúde. Ainda que, em determinadas regiões, ocorra subnotificação, é possível hoje dimensionar e construir um perfil epidemiológico dos acidentes no país.
Monkeypox Varíola dos macacos
Autores: Gustavo da Silva Oliveira, Paola Pereira Teixeira,Lívia Maria Calazans de Andrade, Jacqueline SanaeOkasakiPadella Alves, Raquel Penso Furtado Vieira e Emílio Conceição de Siqueira
Resumo: A varíola dos macacos é uma infecção viral zoonótica causada pelo vírus MPX que resulta em uma clínica semelhante à da varíola e que recentemente teve um surto mundial. Sua transmissão pode ocorrer de animais para humanos e entre humanos por contato com secreções respiratórias de indivíduos infectados, lesões de pele ou órgãos genitais, contato face a face prolongado, transmissão sexual e placentária. O processo de infecção por MPX é dividido em duas fases: a fase prodrômica com febre, fadiga, cefaleia intensa, linfadenopatia, dores musculares e a fase de erupção cutânea. Considerações finais: A varíola dos macacos surge em um momento fragilizado pós pandemia de coronavírus, e apesar, de sua menor carga viral e baixa letalidade, é fundamental o seu controle, principalmente, através da prevenção de contato. O tratamento da doença é feito através de medidas de suporte e em casos graves ou com progressão para gravidade podem ser utilizados os antivírus da varíola como o tecovirimat, cidofovir ou brincidofovir. A vacinação deve com vacinas antivariólica deve ser avaliada caso a caso.
Panorama dos acidentes causados por aranhas no Brasil, de 2017 a 2021
Autores: Ministério da Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde.
Resumo: Aranhas são artrópodes, da Classe Arachnida e Ordem Araneae. Estima-se que existam na Terra mais de 50 mil espécies de aranhas. Elas estão presentes em todas as partes do mundo, em todos os tipos de habitats, predominantemente os terrestres. As aranhas são predadoras sobretudo de insetos, mas algumas podem alimentar-se de animais maiores como lagartixas, rãs, peixes e até filhotes de aves.Este Boletim Epidemiológico tem como objetivo realizar a descrição do perfil epidemiológico dos acidentes causados por aranhas e os fatores associados ao óbito, no Brasil no período de 2017 e 2021.
Detectionof rabies virus in Callithrixpenicillata – Detecção do vírus da raiva em Callithrix penicillata
Autores: Milton Formiga Souza Júnior, Thallyta Maria Vieira, Agna Soares da Silva Menezes, Maria Clara Lélis Ramos Cardoso, Dulce Pimenta Gonçalves, Vanessa Ferreira da Silva, Gilberto Ramalho Pereira e Ronnie Antunes de Assis.
Resumo: Este relato descreve a ocorrência do vírus da raiva em duas espécies de animais silvestres na área urbana de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil, em maio de 2023. O vírus foi detectado em quirópteros frugívoros (Artibeus sp.) e saguis (Callithrixpenicillata). Este é o primeiro caso notificado do vírus da raiva na espécie C. penicillata na área urbana de Montes Carlos. As nossas descobertas mostram que o vírus da raiva está a circular na área urbana deMontes Claros; portanto, medidas preventivas permanentes devem ser adotadas para evitar a infecção de outros animais e humanos.
A história da vacina e seus benefícios
Autores: Vitor Augusto Rezende Santos&Martha Elisa Ferreira de Almeida
Resumo: A vacinação é um dos maiores avanços da medicina como método de prevenção de doenças. Seus primeiros registros ocorreram por uma prática conhecida como variolação. Em 1798, Edward Jenner infectou algumas pessoas sadias com o vírus da varíola, e observou a relação causal entre a doença da varíola e seu contágio. Esse trabalho tem como objetivo descrever sobre a história da vacinação, sua origem, tipos de imunização e pandemias mundiais, com destaque para a COVID-19, como forma de reunir informações para a montagem de um livro ilustrado. Realizou-se uma revisão narrativa mediante a análise de artigos, livros e demais trabalhos publicados na internet. Apesar de todos os benefícios cientificamente comprovados, a hesitação vacinal ocorreu desde seu início e cresce em todo mundo. Em 2019, grande parte da população mundial foi infectada pelo vírus SARS-CoV-2, e tal fato propiciou o surgimento da pandemia da COVID-19, que pôs à prova a capacidade humana de produzir vacinas, ao mesmo tempo que evidenciou o baixo entendimento sobre tais métodos por alguns indivíduos ou grupos das diversas sociedades civis. Desde então, a retórica antivacina vem ganhando espaço, pautando o debate midiático e impactando negativamente a adesão vacinal em diversos estágios de vida, com destaque para o público infantil, que está subordinado aos familiares para o recebimento dos imunizantes. Conclui-se que a história da vacinação é uma temática complexa devido seu contexto histórico de surgimento e os processos histórico-científicos, tornando, muitas vezes, difícil a compreensão do tema, munindo grupos que se opõe às práticas vacinais.
Caderno técnico animais peçonhentos
Autores: Antônio de Pinho Marques Junior, Renato de Lima Santos, Marcos Bryan Heinemann&Nivaldo da Silva
Resumo: Os animais peçonhentos, dos quais fazem parte serpentes, escorpiões e aranhas, produzem venenos de variados níveis de toxicidade com as finalidades principais de caça e defesa contra predadores. Serpentes, escorpiões e aranhas são considerados animais peçonhentos, pois possuem estrutura para inoculação do veneno. Os acidentes nos animais domésticos ocorrem principalmente porque foram introduziram no habitat destes animais peçonhentos ou porque estes se adaptaram às condições oferecidas pela ocupação humana. A frequência dos acidentes em animais domésticos tem apresentado tendência crescente, apesar da importância relativa de cada espécie de animal peçonhento ser variável de acordo com a localização geográfica. A gravidade dos acidentes pode variar desde efeitos leves e espontânea mente reversíveis até o óbito. O correto diagnóstico dos acidentes é essencial para o adequado estabelecimento do tratamento específico. A forma específica para o tratamento dos acidentes pela maioria dos acidentes por animais peçonhentos é a soroterapia com o soro específico, o que muitas vezes não está disponível para uso em animais. Infelizmente, a Medicina Veterinária não tem acompanhado no mesmo ritmo os avanços obtidos no tratamento dos acidentes em humanos. Este volume do Caderno Técnico vem preencher a lacuna forma da pela pouca disponibilidade dados sobre o tema. Desta forma, esperamos que as informações aqui contidas sejam úteis para os profissionais e os estudantes da medicina veterinária, zootecnia e áreas de saúde.
Risco Epidemiológico da propagação de Zoonoses através da manutenção de animais silvestres em cativeiro
Autores: Dan Vítor Vieira Braga & Bianca Alves da Silva
Resumo: A fauna silvestre é um dos recursos naturais que se tornou vítima da ganância humana. Atualmente, é fato comum nas famílias brasileiras, as pessoas terem em suas casas animais da fauna silvestre mantidos como animais de estimação. O presente trabalho teve o objetivo de descrever o cenário atual da criação de animais silvestres em cativeiro na comunidade rural do município de Verdejante, localizado no Sertão Central pernambucano e qual é a percepção da sociedade local a respeito dessa prática. Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas à moradores de 30 residências na comunidade do distrito de Grossos, localizada 15 km ao sul da sede do município. Foram adotadas todas as medidas indicadas para prevenção da transmissão da Covid-19 (distanciamento mínimo entre pessoas e uso obrigatório de máscaras). Mais da metade dos entrevistados mantinham animais silvestres em casa. Ao todo foram identificados 19 indivíduos da fauna silvestre, sendo estes pertencentes a apenas duas classes zoológicas diferentes. Dentre as justificativas citadas pelos moradores para a manutenção destes animais em cativeiro, o canto, o valor sentimental e a beleza foram as mais frequentes. Quanto as formas de obtenção destes animais, foram citadas a captura direta na natureza, a compra e o recebimento como presentes, sendo este último o mais frequente. Em relação à percepção quanto ao perigo/risco de manter animais silvestres nas residências, a maioria dos entrevistados desconhece completamente os riscos associados à manutenção desses animais em suas residências. Com o presente trabalho foi possível constatar que embora a prática seja ilegal é bastante comum na região, chamando a atenção do ponto de vista epidemiológico das zoonoses potencialmente transmitidas por esses animais à seres humanos e a animais domésticos.
Tópicos em Virologia
Autores: Elba Regina Sampaio de Lemos, Lívia Melo Villar, Luciane Almeida Amado Leon, MonickLindenmeyer Guimarães, Sylvia Lopes Maia Teixeira e Vanessa Salete de Paula.
Resumo: Incluindo os principais aspectos da virologia em um contexto de saúde global (homem-animal-meio ambiente-saúde), esta obra é fruto de três cursos que foram ministrados no Instituto Oswaldo Cruz da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Emerging sporotrichosis is driven by clonal and recombinant Sporothrix species
Autores: Anderson Messias Rodrigues, GSybren de Hoog, Yu Zhang & Zoilo Pires de Camargo
Resumo: Sporotrichosis, caused by agents of the fungal genus Sporothrix, occurs worldwide, but the infectious species are not evenly distributed. Sporothrix propagules usually gain entry into the warm-blooded host through minor trauma to the skin from contaminated plant debris or through scratches or bites from felines carrying the disease, generally in the form of outbreaks. Over the last decade, sporotrichosis has changed from a relatively obscure endemic infection to an epidemic zoonotic health problem. We evaluated the impact of the feline host on the epidemiology, spatial distribution, prevalence and genetic diversity of human sporotrichosis. Nuclear and mitochondrial markers revealed large structural genetic differences between S. brasiliensis and S. schenckii populations, suggesting that the interplay of host, pathogen and environment has a structuring effect on the diversity, frequency and distribution of Sporothrix species. Phylogenetic data support a recent habitat shift within S. brasiliensis from plant to cat that seems to have occurred in southeastern Brazil and is responsible for its emergence. A clonal structure was found in the early expansionary phase of the cat–human epidemic. However, the prevalent recombination structure in the plant-associated pathogen S. schenckii generates a diversity of genotypes that did not show any significant increase in frequency as etiological agents of human infection over time. These results suggest that closely related pathogens can follow different strategies in epidemics. Thus, species-specific types of transmission may require distinct public health strategies for disease control.
Complexo Sporothrix schenckii. Revisão de parte da literatura e considerações sobre o diagnóstico e a epidemiologia
Autores: Luiz Celso Hygino da Cruz
Resumo: Esporotricose é uma infecção iniciada pela inoculação traumática do fungo dimórfico Sporothrix schenckii e é largamente distribuída pelo mundo. Durante a última década ocorreu um significativo aumento dos casos clínicos de esporotricose no Brasil, particularmente no Estado do Rio de Janeiro onde vem se manifestando uma epidemia em seres humanos correlacionada com a transmissão por gatos. Atualmente esta micose deve ser considerada uma zoonose importante, especialmente nas áreas em que ela é considerada endêmica. Importantes transformações têm sido observadas no conjunto dos aspectos relacionados à ecoepidemiologia da doença, especialmente nas formas de disseminação e transmissão. A partir do sequenciamento de genes demonstrou-se que a espécie S. schenckii constitui um complexo que é composto das seguintes espécies crípticas: Sporothrix albicans, Sporothrix brasiliensis, Sporothrix globosa, Sporothrix luriei, Sporothrix mexicana e S. schenckii. Com o aumento do número de espécies patogênicas, modificam-se os procedimentos da rotina diagnóstica da esporotricose com a inclusão de novos aspectos relacionados à morfologia, fisiologia e nutrição.
Doença de Chagas em cães: revisão de literatura
Autores: Wanesca Natalia Santos Maciel, Débora de Andrade Amorim, Filipa Maria Soares de Sampaio Brasil, Andressa Alencar Coelho, Guilherme José Silva Oliveira, Metton Ribeiro Lopes e Silva, Cláudio Gleidiston Lima da Silva, Maria do Socorro Vieira dos Santos
Resumo: A doença de Chagas é uma enfermidade endêmica nas Américas e tem como agente etiológico o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, que infecta uma diversidade de mamíferos e tem como vetores os insetos triatomíneos. Os cães são considerados reservatórios de importância epidemiológica devido ao seu papel de sentinela, proximidade com os seres humanos e manutenção do ciclo de transmissão em ambientes domésticos e peridomésticos. O objetivo deste trabalho foi evidenciar os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença de Chagas em cães enfatizando a etiologia, ciclo biológico, terapêutica e profilaxia. Foi realizada uma revisão bibliográfica no banco de dados do Public Medline (PUBMED), Scientific Electronic Library (SCIELO), Biblioteca Virtual em Medicina Veterinária e Zootecnia (BVS-Vet), Biblioteca Virtual em Saúde Brasil (BVS Brasil), Elsevier, Pubvet e Oxford academy no período de 2007 a 2022. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos idiomas inglês e português. No Brasil, as espécies de triatomíneos apresentam ampla distribuição espacial e potencial invasor, facilitada por alterações frequentes no ambiente natural, causadas por atividades antrópicas. A infecção apresenta-se sob duas fases distintas, a fase aguda com uma miocardite ou encefalite em cães jovens e a fase crônica, uma cardiomiopatia dilatada em cães idosos. Os cães infectados geralmente apresentam uma cardiomiopatia, sendo o principal sintoma responsável pela alta morbidade e mortalidade dos animais. Os estudos apontaram que a doença é de difícil diagnóstico, em virtude de diversos fatores, dentre eles, a ausência de um teste padrão ouro, a possibilidade de reação sorológica cruzada com anticorpos para Leishmania, a ocorrência inconsistente de parasitemia e a rara detecção de amastigotas do parasita em cortes histológicos. O tratamento da doença de Chagas constitui um grande desafio, pois os medicamentos disponíveis, benznidazol (BZ) e nifurtimox (NF), apresentam eficácia limitada e efeitos colaterais graves, principalmente na fase crônica. A prevenção e o controle da doença de Chagas estão amplamente focados na redução do contato do cão com os vetores.
Novos Adjuvantes Vacinas: Utilização de um menor número de Imunobiológicos?
Autores: Ennio De Gregorio – GlaxoSmithKline (GSK)
Resumo: Os adjuvantes são essenciais na composição de vacinas inativadas pois esses irão facilitar o processamento do antígeno pelas células apresentadoras de antígeno os linfócitos TCD4, dessa forma também aumentam o período em que o antígeno estará em contato com o sistema imune aumentando assim a resposta imune. Os novos adjuvantes, criados por biotecnologia aumentam substancialmente a resposta primária a um Imunobiológico (vacina). Assim sendo, os novos adjuvantes permitem diminuir a frequência que o indivíduo entra em contato com o antígeno vacinal, podendo diminuir as aplicações de tais produtos. No estudo de Ennio De Gregorio, com os novos adjuvantes vacinais, houve um decréscimo significativo na utilização de imunobiológicos, com uma resposta bem mais eficaz na formação de anticorpos e manutenção de células de memória, ou seja, uma única dose de um imunizante, com os novos adjuvantes, reduziria a quantidade de exposição aos mesmos.
Sucesso e falha terapêutica no tratamento com miltefosina de cães naturalmente infectados com Leishmaniainfantum
Autores: Gustavo Gonçalves¹* ; Monique Paiva de Campos²; Alessandra Silva Gonçalves³; Fabiano Borges Figueiredo²
Resumo: Em ambientes urbanos, o cão doméstico (Canis familiaris) é um importante reservatório do parasito Leishmaniainfantum. Desde 2016, a miltefosina é utilizada como tratamento padrão para leishmaniose visceral canina no Brasil, porém falhas terapêuticas têm sido relatadas. Dois animais (CG03 e CG06) com diagnóstico confirmado de infecção por L. infantum foram submetidos ao tratamento com miltefosina (Milteforan™ – Virbac ®) durante dois ciclos. As análises mostraram aumento significativo na carga parasitária da pele de CG03 e CG06, mesmo após o tratamento com miltefosina. O “score” clínico do CG03 caiu de 1 para 0 (após uma rodada de tratamento), apresentando-se assintomático. Por outro lado, CG06 apresentou piora clínica, com sua pontuação aumentando de 1 para 2. Após duas rodadas terapêuticas, a carga parasitária diminuiu no CG03, mas ainda era maior do que antes do tratamento. O animal ainda se apresentava fisicamente assintomático. Não houve diminuição da carga parasitária de CG06, porém houve piora clínica. Sendo assim, o animal foi encaminhado para eutanásia. A resposta clínica dos animais foi diferente em resposta ao tratamento, mas a carga parasitária permaneceu elevada em ambos os casos, o que oferece risco à saúde pública, tornando essencial medidas para evitar o acesso do vetor flebotomíneo ao cão.
Caracterização genotípica de cepas de rotavírus (cepa G3P) caninas brasileiras durante uma pesquisa de 10 anos (2012 – 2021), relacionando infecção em cães e gatos domésticos
Autores: Lais Sampaio Azevedo, Fernanda Faria Costa,Monique Beerens Abdul Ghani, Ellen Viana, Yasmin França, Roberta Salzone Medeiros, Raquel Guiducci, Simone Guadagnucci Morillo, Dieli Primo, Ricardo Duarte Lopes, Michele Soares Gomes Gouvêa, Antonio Charlys da Costa e Adriana Luchs.
Resumo: Há escassez de informações sobre a epidemiologia molecular dos rotavírus em animais de estimação no Brasil. O objetivo deste estudo foimonitorar infecções por rotavírus em cães e gatos domésticos e obter dados sobre relações evolutivas sobre essa virose. Entre 2012 e 2021, 600 amostras fecais de cães e gatos (516 e 84, respectivamente) foram coletadas em clínicas de pequenos animais no estado de São Paulo, Brasil. O estudo demonstrou que linhagens caninas brasileiras, estão amplamente distribuídas em populações de animais de estimação emPaíses sul-americanos. Os dados epidemiológicos e genéticos aqui apresentados apontama necessidade de esforços colaborativos para implementar a estratégia. O objetivo do artigo foi demonstrar a importância do rotavírus como causador de quadros diarreicos em cães e gatos.
Autores: Leandro Corrêa Simões,Flávio Gimenis Fernandes,Ivi Cristina Menezes de Oliveira,Ana Beatriz de Almeida Corrêa,Natália Silva Costa,Laura Maria Andrade Oliveira,Ana Caroline Nunes Botelho,Sergio Eduardo Longo Fracalanzza,Lucia Martins Teixeira,Tatiana Castro Abreu Pinto.
Resumo: Streptococcus agalactiae or group B Streptococcus (GBS) is a highlighted pathogen in the veterinary setting and is among the major agents of contagious mastitis in dairy cattle, leading to remarkable economic losses in the dairy industry every year. The quality and quantity of milk produced are directly afected by GBS mastitis and milk disposal is usually required. In most serious cases, infection culminates in animals’ culling. This condition is of special concern in low- and middle-income countries that stand out as top milk producers. GBS is the third most common pathogen associated with clinical bovine mastitis in Brazil, one of the fve largest milk producers worldwide.
Autores: Janice Reis Ciacci Zanella
Resumo: Os fatores para a emergência ou a reemergência de doenças são pouco conhecidos e entendidos, mas o principal é a expansão da população humana. Outros fatores incluem mudanças climáticas, globalização e intensificação da produção animal. Isto é preocupante, já que 75% das doenças humanas emergentes ou reemergentes do último século são zoonoses, isto é, doenças de origem animal, que, além de causarem fatalidades humanas e animais, afetam a economia de países. Estima-se que o impacto das doenças animais exceda 20% das perdas na produção animal mundialmente. O Brasil é um grande produtor agrícola e tem grande parte de seu território em região tropical, abrigando a maior biodiversidade ambiental do globo. Estudos tem apontado a região Amazônica entre um dos “hot spots” onde doenças surgiram ou poderão emergir. Nesse contexto, recomenda-se a formação de uma rede de cooperação com ações estratégicas em vigilância, pesquisa, comunicação e capacitação. É fundamental fomentar parcerias nas áreas de saúde, agricultura e meio‑ambiente para pronta‑resposta nacional e global. O objetivo deste trabalho foi abordar os principais fatores envolvidos na emergência ou na reemergência de zoonoses, bem como as ameaças futuras e a importância estratégica da pesquisa e da vigilância no Brasil.
Autores: Antonio Neres Norberg, Jaqueline Santos de Andrade Martins, Aluízio Antonio de Santa Helena, José Tadeu Madeira de Oliveira, Paulo César Ribeiro, Flávio Gimenis Fernandes and Gisele Ferreira Fonseca
Resumo: Hospital infections are considered as a cause of the high mortality rate that occurs during the hospitalization period, and considered an important public health problem. Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae and Staphylococcus aureus are among the most frequent, easily transmitted and resilient microorganisms resistant to several antimicrobials. The aim of this research was to investigate the prevalence of P. aeruginosa and K. pneumoniae among undergraduate students of Health Sciences area who do not attend the hospital environmentand test the sensitivity of these pathogens to antimicrobial agents. A total of 120 nasal material samples were analyzed. Isolation and identification of bacteria were performed by microbiological methods. The results showed that among the 120 examined students, 3 were colonized by P. aeruginosa, with a prevalence of 2.5%, and 2 colonized with K. pneumoniae with prevalence of 1.7%. No multidrug resistant strains were isolated. All strains showed variable degrees of susceptibility to the tested antimicrobials.
Autores: Prof. Dr. Flávio Gimenis Fernandes, Profa. Dra. Ivi Cristina Menezes de Oliveira, Profa. Dra Érica de Camargo Ferreira e Vasconcellos, Profa. Dra Patrícia de Oliveira Câmara, Profa. Dra Fernanda Nazaré Morgado, Profa. Ms. Jessica Leite-Silva, Profa. Dra Fátima Conceição-Silva
Resumo: A dengue é virose estabelecida no Brasil, mas outras viroses como as febresChikungunya e Zica foram recentemente introduzidas em nosso território. Isto se torna importante porque cada uma delas pode produzir complicações graves, mas os sinais clínicos iniciais são semelhantes o que dificulta o diagnóstico precoce conclusivo. Como resultado, a confirmação diagnostica tornou-seessencial. O Brasil dispõede técnicas de diagnóstico como o Multiplex RT-PCR em tempo real, considerado conclusivo para diagnóstico molecular das três doenças. No entanto, esses exames têm positividade restrita.
Distribution of serotypes and evaluation of antimicrobial susceptibility among human and bovine Streptococcus agalactiae strains isolated in Brazil between 1980 and 2006
Autores: Tatiana Castro Abreu Pinto, Natália Silva Costa, Aline Rosa Vianna Souza, Ligia Guedes da Silva, Ana Beatriz de Almeida Corrêa, Flávio Gimenis Fernandes, Ivi Cristina Menezes Oliveira, Marcos Corrêa de Mattos, Alexandre Soares Rosado, Leslie Claude Benchetrit.
Resumo: Streptococcus agalactiae is a common agent of clinical and subclinical bovine mastitis and an important cause of human infections, mainly among pregnant women, neonates and nonpregnant adults with underlying diseases. The present study describes the genetic and phenotypic diversity among 392 S. agalactiae human and bovine strains isolated between 1980 and 2006 in Brazil. The most prevalent serotypes were Ia, II, III and V and all the strains were susceptible to penicillin, vancomycin and levofloxacin. Resistance to clindamycin, chloramphenicol, erythromycin, rifampicin and tetracycline was observed. Among the erythromycin resistant strains, mefA/E, ermA and, mainly, ermB gene were detected, and a shift of prevalence from the macrolide resistance phenotype to the macrolidelincosamide- streptogramin B resistance phenotype over the years was observed. The 23 macrolide-resistant strains showed 19 different pulsed-field gel electrophoresis profiles. Regarding macrolide resistance, a major concern in S. agalactiae epidemiology, the present study describes an increase in erythromycin resistance from the 80s to the 90s followed by a decrease in the 2000-2006 period. Also, the genetic heterogeneity described points out that erythromycin resistance in Brazil is rather due to horizontal gene transmission than to spreading of specific macrolide-resistant clones.
The genetic diversity and phenotypic characterisation of Streptococcus agalactiae isolates from Rio de Janeiro, Brazil
Autores: Ana Beatriz de Almeida Corrêa, Lígia Guedes da Silva, Tatiana de Castro Abreu Pinto,Ivi Cristina Menezes de Oliveira, Flávio Gimenis Fernandes, Natalia Silva da Costa, Marcos Corrêa de Mattos, Sergio Eduardo Longo Fracalanzza, Leslie Claude Benchetrit.
Resumo: Streptococcus agalactiae isolates are more common among pregnant women, neonates and nonpregnant adults with underlying diseases compared to other demographic groups. In this study, we evaluate the genetic and phenotypic diversity in S. agalactiae strains from Rio de Janeiro (RJ) that were isolated from asymptomatic carriers. We analysed these S. agalactiae strains using pulsed-field gel electrophoresis (PFGE), serotyping and antimicrobial susceptibility testing, as well as by determining the macrolide resistance phenotype, and detecting the presence of the ermA/B, mefA/E and lnuB genes. The serotypes Ia, II, III and V were the most prevalent serotypes observed. The 60 strains analysed were susceptible to penicillin, vancomycin and levofloxacin. Resistance to clindamycin, chloramphenicol, erythromycin, rifampin and tetracycline was observed. Among the erythromycin and/or clindamycin resistant strains, the ermA, ermB and mefA/E genes were detected and the constitutive macrolides, lincosamides and streptogramin B-type resistance was the most prevalent phenotype observed. The lnuB gene was not detected in any of the strains studied. We found 56 PFGE electrophoretic profiles and only 22 of them were allocated in polymorphism patterns. This work presents data on the genetic diversity and prevalent capsular serotypes among RJ isolates. Approximately 85% of these strains came from pregnant women; therefore, these data may be helpful in developing future prophylaxis and treatment strategies for neonatal syndromes in RJ.
CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).
Resumo: Conforme disposto na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) (Origem: PRT MS/GM 2436/2017), constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. É formada por diferentes ocupações (profissões e especialidades) da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF).
Isolation of leptospira Serovars Canicola and Copenhageni from cattle urine in the state of Paraná, Brazil
Autores: Francielle Gibson da Silva Zacarias, Silvio Arruda Vasconcellos, Eleine KurokiAnzai, Nilson Giraldi, Julio Cesar de Freita, RudyHartskeerl.
Resumo: In 2001, 698 urine samples were randomly collected from cattle at a slaughterhouse in the State of Paraná, Brazil. Direct examination using dark field microscopy was carried out immediately after collection. Five putative positive samples were cultured in modified EMJH medium, yielding two positive cultures (LO-14 and LO-10). Typing with monoclonal antibodies revealed that the two isolates were similar to Canicola (LO-14) and Copenhageni (LO-10). Microscopic agglutination test results show that Hardjo is the most common serovar in cattle in Brazil. Rats and dogs are the common maintenance hosts of serovars Copenhageni and Canicola. The excretion of highly pathogenic serovars such as Copenhageni and Canicola by cattle can represent an increasing risk for severe leptospirosis is large populations, mainly living in rural areas.
Leptospirose: análise bibliográfica, inquérito sorológico e vacinação canina.
Autores: A. R. SILVESTRINI, A. M. M. G. CASTRO, H. LANGONI.
Resumo: A partir de inquéritos sorológicos de leptospirose realizados em diversas localidades do Brasil, o presente trabalho realizou uma pesquisa bibliográfica, elencando os principais sorovares de leptospirose reagentes, complementando com um inquérito sorológico realizado a partir de dados de um laboratório veterinário particular localizado na Zona Oeste da cidade de São Paulo. Com os resultados, uma análise crítica foi realizada à luz das principais vacinas disponíveis no mercado, destacando os sorovares presentes com os sorovares mais frequentes nas análises bibliográficas e do inquérito sorológico realizado. Ademais, a importância de a vacinação canina contribuir para a diminuição do agente infeccioso no meio ambiente, a existência de sorovares frequentes não contidos nas vacinas pesquisadas e disponíveis no mercado abre margem para se avaliar a real necessidade de elaboração de outras vacinas.
Pesquisa sorológica de sorovares de leptospiras que mais frequentemente infectam e causam doença em cães com suspeita clínica de leptospirose.
Autores: Sheila Cristina Scandura,Alexya Victória Pinheiro Saldanha, Fernanda Aparecida da Silva Hernandez, Marcos Bryan Heinemann,AmanePaldêsGonçales
Resumo: A leptospirose é uma zoonose de importância mundial que acomete grande variedade de espécies de mamíferos na qual a espécie canina é considerada um importante hospedeiro de manutenção da doença no ambiente. Considerando a importância da leptospirose canina para a saúde pública, o objetivo deste trabalho foi verificar os prováveis sorovares que mais frequentemente infectam e causam a doença em cães com suspeita clínica de leptospirose aguda. Para tal, 14 amostras de sangue foram coletadas de cães com suspeita clínica de leptospirose aguda atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Metodista de São Paulo e destinadas à investigação de anticorpos antileptospiras por meio da técnica de soroaglutinação microscópica, além de serem avaliadas quanto aos níveis de ureia e creatinina sérica, atividade de enzimas hepáticas e concentração de bilirrubinas totais. Os achados clínicos laboratoriais neste estudo evidenciaram importante acometimento renal e hepático nos animais afetados com predominância do sorovar Copenhageni, além da ocorrência do sorovar Brastilava. No Brasil o sorovar Copenhageni, representante do sorogrupo Icterohaemorrhagiae é considerado endêmico na população canina e nos seres humanos e responsável por casos graves da doença nestas espécies. Estes resultados sugerem a implementação de estratégias de vacinação canina para mitigar parcialmente essa tendência, uma vez que a maioria das vacinas encontradas hoje no mercado nacional contêm este sorovar na formulação.
Revisão sobre a leptospirose canina no Brasil.
Autores: Hagiwara, MitikaKuribayashi; Miotto, Bruno Alonso; Tozzi, Bárbara Furlan.
Resumo: Com o objetivo de conhecer os sorovares de Leptospira sp mais frequentemente envolvidos na leptospirose canina, foi realizada uma revisão dos trabalhos publicados entre 2003 e 2013 no Brasil. Leptospira interrogans sorovar Canicola e o sorovar Copenhageni foram os sorovares mais frequentemente isolados de cães doentes ou aparentemente hígidos. Os sorovares Icterohaemorrhagiae, Pomona e a Leptospira noguchi também foram isolados, embora em apenas uma única oportunidade. Títulos de anticorpos contra os sorovares Canicola, Copenhageni, Icterohaemorrhagiae, Pyrogenes, Autumnalis, Ballum, Bratislava, Tarassovi, Butembo, Grippotyphosa, Andamana, Hardjobovis e outros foram encontrados nos inquéritos sorológicos realizados. Embora a soroprevalência de 7,15% a 48,2% encontrada pelos autores indique a exposição dos cães a leptospiras patogênicas, a existência de reações cruzadas entre os sorovares e as reações paradoxais dificultam a identificação do sorovar infectante. Conclui-se pela necessidade de isolamento e a caracterização sorológica e molecular dos isolados para a determinação do sorovar infectante e seu papel patogênico para os cães.
Soroprevalência e fatores de risco para a leptospirose em cães de Campina Grande, Paraíba.
Autores: C.S.A. Batista, C.J. Alves, S.S. Azevedo, S.A. Vasconcellos, Z.M. Morais, I.J. Clementino, F.A.L. Alves, F.S. Lima, J.O. Araújo Neto.
Resumo: Investigou-se a prevalência de leptospirose em cães da cidade de Campina Grande, PB, e realizou-se um estudo de fatores de risco para a infecção. Foram examinadas 285 amostras de soro sanguíneo de cães colhidas durante a campanha de vacinação antirrábica animal, conduzida em setembro de 2003. O diagnóstico da leptospirose foi realizado pela técnica de soroaglutinação microscópica, utilizando-se uma coleção de 22 sorovares. Para a caracterização do sorovar mais provável, levou-se em conta a titulação e a frequência. A prevalência encontrada foi de 21,4% (IC 95% = 16,8%-26,6%), com maior frequência dos sorovares autumnalis (7,4%), copenhageni (6%) e canicola (2,1%). A análise de regressão logística multivariada mostrou que os fatores de risco para a leptospirose foram: idade superior a um ano (oddsratio = 3,00; P = 0,006), raça não definida (oddsratio = 4,02; P = 0,011) e ocorrência de enchentes (oddsratio = 2,32; P = 0,039).
Vacinas para cães – afinal, quais e quando aplicar?
Autores: Sylvia Angélico.
Resumo: Vacinas são muito importantes. Graças a elas, conseguimos reduzir radicalmente as chances dosanimais contraírem doenças potencialmente fatais, como as temíveis cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina, além da raiva, uma zoonose letal. É, portanto, fundamental que seu cão seja vacinado. O que talvez você e muita gente no Brasil, incluindo veterinários ainda não saiba, é que nem todos os cães precisam tomar todas as vacinas que existem.
Visão da leptospirose canina em populações assintomáticas da Região Sudoeste do Estado de São Paulo, Brasil.
Vaccines: An achievement of civilization, a human right, our health insurance for the future
Autores: Rino Rappuoli, Angela Santon, Alberto Mantovani
Resumo: Vaccines have made a key, cost-effective contribution to the prolongation of life expectancy and quality. Here we summarize challenges facing vaccinology and immunology at the level of society, scientific innovation, and technology in a global health perspective. We argue that vaccines represent a safety belt and life insurance for humankind.
History of vaccination
Autores: Stanley Plotkin
Resumo: Vaccines have a history that started late in the 18th century. From the late 19th century, vaccines could be developed in the laboratory. However, in the 20th century, it became possible to develop vaccines based on immunologic markers. In the 21st century, molecular biology permits vaccine development that was not possible before.
Molecular Signatures of Immunity and Immunogenicity in Infection and Vaccination
Autores: Mariëlle C. Haks, Barbara Bottazzi, Valentina Cecchinato , Corinne De Gregorio, Giuseppe Del Giudice, Stefan H. E. Kaufmann, Antonio Lanzavecchia, David J. M. Lewis, Jeroen Maertzdorf, Alberto Mantovani, Federica Sallusto, Marina Sironi, Mariagrazia Uguccioni, Tom H. M. Ottenhoff
Resumo: Vaccinology aims to understand what factors drive vaccine-induced immunity and protection. For many vaccines, however, the mechanisms underlying immunity and protection remain incompletely characterized at best, and except for neutralizing antibodies induced by viral vaccines, few correlates of protection exist. Recent omics and systems biology big data platforms have yielded valuable insights in these areas, particularly for viral vaccines, but in the case of more complex vaccines against bacterial infectious diseases, understanding is fragmented and limited. To fill this gap, the EC supported ADITEC project featured a work package on “Molecular signatures of immunity and immunogenicity,” aimed to identify key molecular mechanisms of innate and adaptive immunity during effector and memory stages of immune responses following vaccination. Specifically, technologies were developed to assess the human immune response to vaccination and infection at the level of the transcriptomic and proteomic response, T-cell and B-cell memory formation, cellular trafficking, and key molecular pathways of innate immunity, with emphasis on underlying mechanisms of protective immunity. This work intersected with other efforts in the ADITEC project. This review summarizes the main achievements of the work package.
Guidelines for the vaccination of dogs and cats
Autores: Compiled by the Vaccination Guidelines Group (VGG) of The World Small Animal Veterinary Association (WSAVA)
Níveis de anticorpos contra o vírus da cinomose canina e o parvovírus canino em cães não vacinados e vacinados
Autores: R. Hass, J.M. Johann, C.F. Caetano, G. Fischer, G.D. Vargas, T. Vidor, S.O. Hübner
Novas diretrizes vacinais para cães – uma abordagem técnica e ética
Autores: Sylvia Melo Rosa Angélico, César Augusto Dinóla Pereira
Resumo: Uma série de mudanças nos protocolos vacinais de animais de estimação têm sido adotadas por uma crescente parcela de veterinários nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Oceania. As diretrizes vacinais internacionais recomendam a elaboração de protocolos de imunização customizados, levando-se em consideração fatores relacionados à patogenicidade do agente etiológico, ao risco de exposição a ele e à disponibilidade de tratamento, bem como à longevidade e à eficácia da proteção conferida pelas vacinas comercialmente disponíveis. Além disso, inúmeros estudos reportam os possíveis riscos à saúde animal associados ao uso excessivo de imunógenos, em particular as reações adversas às vacinas. Nesse contexto, a presente revisão bibliográfica propõe uma análise crítica e racional dos protocolos de vacinação atualmente empregados no Brasil.
Three-year duration of immunity in dogs vaccinated with a canarypox-vectored recombinant canine distemper virus vaccine
Autores: Laurie Larson, R. D. Schultz
Resumo: Two studies evaluated the duration of serologic response to the recombinant, canarypox-vectored canine distemper virus vaccine (Recombitek, Merial). Serologic duration of immunity was shown to be at least 36 months. Thus, Recombitek provides protection when administered less frequently than the manufacturer’s label. After the initial vaccination protocol of two or more doses administered approximately 4 weeks apart, with the last dose given at 12 to 16 weeks of age or older, and re-vaccination at 1 year of age, Recombitek can confidently be readministered every 3 years with assurance of protection in immunocompetent dogs. This allows the vaccine to be administered in accordance with the recommendations of the American Animal Hospital Association Canine Vaccine Task Force and others.
Three-year serologic immunity against canine parvovirus type 2 and canine adenovirus type 2 in dogs vaccinated with a canine combination vaccine
Autores: Laurie Larson, R. D. Schultz
Resumo: A group of client-owned dogs and a group of dogs at a commercial kennel were evaluated for duration of antibody responses against canine parvovirus type 2 (CPV-2) and canine adenovirus type 1 (CAV-1) after receiving a combination vaccine containing recombinant canarypox-vectored canine distemper virus (CDV) and modified-live CPV-2, CAV-2, and canine parainfluenza virus, with (C6) or without (C4) two serovars of Leptospira (Recombitek C4 or C6, Merial). Duration of antibody, which correlates with protective immunity, was found to be at least 36 months in both groups. Recombitek combination vaccines can confidently be given every 3 years with assurance of protection in immunocompetent dogs against CPV-2 and CAV-1 as well as CDV. This allows this combination vaccine, like other, similar modified- live virus combination products containing CDV, CAV-2, and CPV-2, to be administered in accordance with the recommendations of the American Animal Hospital Association Canine Vaccine Task Force.
Novas diretrizes vacinais para cães – uma abordagem técnica e ética
Autores: Sylvia Melo Rosa Angélico, César Augusto Dinóla Pereira
Resumo: Uma série de mudanças nos protocolos vacinais de animais de estimação têm sido adotadas por uma crescente parcela de veterinários nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Oceania. As diretrizes vacinais internacionais recomendam a elaboração de protocolos de imunização customizados, levando-se em consideração fatores relacionados à patogenicidade do agente etiológico, ao risco de exposição a ele e à disponibilidade de tratamento, bem como à longevidade e à eficácia da proteção conferida pelas vacinas comercialmente disponíveis. Além disso, inúmeros estudos reportam os possíveis riscos à saúde animal associados ao uso excessivo de imunógenos, em particular as reações adversas às vacinas. Nesse contexto, a presente revisão bibliográfica propõe uma análise crítica e racional dos protocolos de vacinação atualmente empregados no Brasil.
Um novo olhar para Cinomose: revisão de literatura
Autores: Adeline Goes, Carlos Fortes, Caroline do Nascimento, Guilherme Rech, Thatiane Seeger, Elbio Jorgens
Comparison of two commercial rapid in-clinic serological tests for detection of antibodies against Leishmania spp. in dogs
Autores: Labrini V. Athanasiou, Theodoros A. Petanides, Manolis K. Chatzis, Dimitrios Kasabalis, Kosmas N. Apostolidis, Manolis N. Saridomichelakis
Resumo: Antibodies against Leishmania spp. are detected in most dogs with clinical signs of leishmaniasis due to Leishmania infantum. Accurate, rapid in-clinic serological tests may permit immediate confirmation of the diagnosis and implementation of therapeutic measures. The aim of the current study was to evaluate the diagnostic accuracy of 2 commercial, rapid in-clinic serological tests for the detection of anti-Leishmania antibodies in sera of dogs, the Snap Canine Leishmania Antibody Test kit (IDEXX Laboratories Inc., Westbrook, Maine) and the ImmunoRun Antibody Detection kit (Biogal Galed Labs, Kibbutz Galed, Israel), using indirect fluorescent antibody test (IFAT) as the reference method. A total of 109 sera collected from 65 seropositive and 44 seronegative dogs were used. The sensitivities of the Snap and ImmunoRun kits were 89.23% (95% confidence interval: 79.05–95.54%) and 86.15% (95% confidence interval: 75.33–93.45%), respectively, and the specificity of both tests was 100%. A good agreement between each of the rapid in-clinic serological tests and IFAT and between the 2 rapid in-clinic serological tests was witnessed. Both rapid in-clinic serological tests showed an adequate diagnostic accuracy and can be used for the fast detection of antibodies against L. infantum in dogs.
Comparison of two commercially available serological rapid tests with the official screening test used to detect Leishmania seropositive dogs in Brazil
Autores: Filipe Dantas-Torres, Kamila Gaudêncio da Silva Sales, Lidiane Gomes da Silva, Domenico Otranto, Luciana Aguiar Figueredo
Resumo: Visceral leishmaniasis is a major public health problem in Brazil, where seropositive dogs are usually culled as part of the control program. Currently, a rapid immunochromatographic test (DPP® Leishmaniose Visceral Canina) is used as the official screening test. However, the production of this test has not been sufficient to attend the national demand, particularly in private laboratories. In this study, we compared the level of agreement between results obtained with the official screening test with two commercial rapid tests (i.e., SNAP® Leishmania Test and AlereTM Leishmaniose Ac Test). By testing 95 serum samples of dogs from a visceral leishmaniasis-endemic area, we found a substantial agreement (Kappa = 0.77; P < 0.0001) between the official rapid test and SNAP® Leishmania Test and a fair agreement (Kappa = 0.26; P < 0.0001) between the official rapid test and AlereTM Leishmaniose Ac Test. In conclusion, SNAP® Leishmania Test should be considered as an equally reliable alternative to DPP® Leishmaniose Visceral Canina. The second commercial test, AlereTM Leishmaniose Ac Test, seems less reliable and could lead to a significant underestimation of the actual number of positive dogs during serological screenings in the framework of the Brazilian visceral leishmaniasis control program. Indeed, 16 dogs that were positive at both DPP® Leishmaniose Visceral Canina and SNAP® Leishmania Test were negative at AlereTM Leishmaniose Ac Test.
Evaluation of a CPV-2 Fecal Parvovirus ELISA (SNAP Fecal Parvo Test ®) from IDEXX Laboratories
Autores: Laurie J. Larson, Mariela Quesada, Eiman Mukhtar, K. Krygowska, Ronald D. Schultz
Field trial of efficacy of the Leish-tec® vaccine against canine leishmaniasis caused by Leishmania infantum in an endemic area with high transmission rates
Autores: Gabriel Grimaldi, Jr, Antonio Teva, Claudiney B. dos-Santos, Fernanda Nunes Santos, Israel de-Souza Pinto, Blima Fux, Gustavo Rocha Leite, Aloísio Falqueto
Resumo: Because domestic dogs are reservoir hosts for visceral leishmaniasis (VL) in Brazil, one of the approaches used to reduce human disease incidence is to cull infected dogs. However, the results of controlled intervention trials based on serological screening of dogs and killing of seropositive animals are equivocal. A prophylactic vaccine to protect dogs from being infectious to the sand fly vector could be an effective strategy to provide sustained control. Here, we investigated whether a currently licensed commercial subunit rA2 protein–saponin vaccine (Leish-tec®) had an additional effect to dog culling on reducing the canine infectious populations.