Nesse post vamos aprender como o sistema imune se relaciona com os antígenos microbianos das vacinas.
Em posts anteriores, vimos como ocorre a apresentação antigênica para a produção de anticorpos mediante a uma invasão microbiana, nesse post vamos ver como ocorre a produção de anticorpos mediante estimulação vacinal.
A prática vacinal na medicina veterinária se assemelha bastante com a primovacinação humana.
A vacinação na infância, tanto para animais quanto para seres humanos é de suma importância, pois ambos os indivíduos estão numa larga produção de células virgens (nunca foram apresentadas ao antígeno microbiano) ávidas a realizar o processo de reconhecimento antigênico (Célula apresentadora de antígeno – Linfócito TCD4 – Linfócito B – Anticorpo).
Após a resposta aos antígenos vacinais pelas células apresentadoras de antígenos (células dendríticas e macrófagos, por exemplo), os linfócitos TCD4, se tornam células de memória e célula efetora.
As células de memória, como o nome sugere, guardam a característica antigênica do micro-organismo vacinal, já as células efetoras estimulam os linfócitos B a produzir anticorpos de memória (IgG) dessa forma, o animal deverá desenvolver uma resposta satisfatória e duradoura aos antígenos vacinais.
Na medida que surja um número expressivo de células T virgens (linfócitos T virgens) no início da vida do animal, aumenta a chance de uma satisfatória resposta aos antígenos vacinais.
Dessa maneira, a primovacinação se torna de fundamental importância para garantir uma boa resposta humoral (por anticorpos).
Nesses primeiros momentos, humanos e os animais, criam uma grande quantidade de células de memória que se localizam nos órgãos linfoides secundários (linfonodos por exemplo), para onde as células apresentadoras de antígenos irão quando encontrar novamente o antígeno e isso garantirá uma resposta imune humoral bastante satisfatória, impedindo que o micro-organismo não consiga infectar o hospedeiro.